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Criança, ainda, tornava-me invisível, quieta e em silêncio ouvia, fascinada, as conversas dos adultos, mergulhando nas estórias e nas histórias, atravessando os tempos.

Amante das artes e da vida, observo o Mundo, a que nem sempre pertenço. Imutáveis, o amor e o poder tomam as rédeas das (h)istórias e determinam o curso dos acontecimentos.

Avalanches de pensamentos e sentimentos crescem dentro de mim e extravasam irrefreavelmente em forma de palavras.

Poemas sem métrica ou rima, contos ou romances. Personagens que ganham vida, dominam-me o pensamento e escorrem-me dos dedos, incontrolavelmente,  transformando-se em gente que chora e grita, ri e graceja, ama e odeia, vibra de desejo, transporta sonhos, tragédias, vitórias, alegrias e sentimentos.

Irreverente, por vezes cáustica, sentimental e realista, inconformista e solitária, deambulo por todos os lugares, sem, verdadeiramente, pertencer a lugar algum.

Sempre em busca de uma renovada gargalhada, de uma cena ridícula, de um sentimento inexplorado, de uma nova experiência ou paixão, é na escrita que me revelo, me revejo e me realizo.

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